sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Resoluções, Recomendações e afins

Cada comitê do 8º MINI-ONU discutirá um tema específico.

Ao final dos debates, um documento retratando as decisões será redigido.

Ele pode ser chamado de RESOLUÇÃO, RECOMENDAÇÃO e de outras denominações que reflitam o teor do que foi produzido.

Abaixo publicaremos uma Resolução do Conselho de Segurança para que sirva de exemplo e ilustração do que estamos falando.

RESOLUÇÃO N.º 1731 (2006)

(Adoptada pelo Conselho de Segurança na sua 5602.ª sessão, em 20 de Dezembro de 2006)

O Conselho de Segurança,

Recordando as suas resoluções anteriores e as declarações do seu Presidente sobre a situação na Libéria e na África Ocidental,

Acolhendo com satisfação o progresso que o Governo da Libéria tem vindo a alcançar desde Janeiro de 2006, na reconstrução da Libéria em benefício de todos os liberianos, com o apoio da comunidade internacional,

Recordando a sua decisão de não renovar as medidas previstas no n.º 10 da Resolução n.º 1521 (2003) relativas aos troncos redondos e produtos de madeira provenientes da Libéria, e sublinhando que os progressos alcançados pela Libéria no sector da madeira devem continuar com a aplicação e a execução efectivas da Lei Nacional da Reforma Florestal promulgada em 5 de Outubro de 2006, incluindo a solução dos direitos e o regime de ocupação das terras,

Acolhendo com satisfação que o Governo da Libéria continue a cooperar com o Sistema de Certificação do Processo de Kimberley e tomando nota dos progressos alcançados pela Libéria ao estabelecer os controlos internos necessários e outras obrigações de modo a satisfazer as obrigações mínimas do Processo de Kimberley,

Sublinhando que a Missão das Nações Unidas na Libéria (UNMIL) continua a ser importante para aumentar a segurança em toda a Libéria e auxiliar o novo Governo a estabelecer a sua autoridade em todo o país, especialmente nas regiões de produção de diamantes e de madeira e nas regiões fronteiriças,

Reconhecendo a necessidade de as forças de segurança da Libéria, recentemente sujeitas a controlo e treinadas, assumirem uma maior responsabilidade pela segurança nacional e tomando nota que as forças armadas liberianas têm necessidade de adquirir material humanitário, médico, e/ou material para formação,

Tomando nota do relatório do Grupo de Peritos das Nações Unidas sobre a Libéria, de 20 de Dezembro de 2006 (S/2006/976), especialmente em questões sobre os diamantes, a madeira, a borracha e as armas,

Tendo examinado as medidas impostas nos n.os 2, 4 e 6 da Resolução n.º 1521 (2003) e no n.º 1 da Resolução n.º 1532 (2004) e o progresso alcançado quanto à satisfação das condições previstas nos n.os 5 e 7 da Resolução n.º 1521 (2003), e concluindo que os progressos alcançados nesse sentido foram insuficientes,

Sublinhando a sua determinação em apoiar o Governo da Libéria nos seus esforços para satisfazer essas condições e encorajando os doadores a procederem do mesmo modo,

Determinando que, não obstante o progresso significativo alcançado na Libéria, a situação no país continua a constituir uma ameaça para a paz e a segurança internacionais na região,

Agindo ao abrigo do capítulo VII da Carta das Nações Unidas,

1. Decide, com base na sua avaliação dos progressos alcançados até à data tendo em vista a satisfação das condições necessárias para o levantamento das medidas impostas na Resolução n.º 1521 (2003):

a) Renovar as medidas relativas às armas impostas pelo n.º 2 da Resolução n.º 1521 (2003) e alteradas pelos n.os 1 e 2 da Resolução n.º 1683 (2006) por um novo período de 12 meses a contar da data da adopção da presente Resolução e renovar também as medidas relativas às viagens impostas pelo n.º 4 da Resolução n.º 1521 (2003);

b) Que as medidas relativas às armas impostas nas alíneas a) e b) do n.º 2 da Resolução n.º 1521 (2003) não são aplicáveis aos fornecimentos de equipamento militar não letal, excepto armas e munições não letais, que foram objecto de notificação prévia do Comité estabelecido pelo n.º 21 da Resolução n.º 1521 (2003), destinados exclusivamente a serem utilizados pelos membros das forças de polícia e de segurança do Governo da Libéria, que tenham sido sujeitos a controlo e treinados desde o início da Missão das Nações Unidas na Libéria (UNMIL), em Outubro de 2003;

c) Prorrogar as medidas relativas aos diamantes impostas no n.º 6 da Resolução n.º 1521 (2003) e renovadas pelo n.º 4 da Resolução n.º 1689 (2006) por um período adicional de seis (6) meses e reexaminadas pelo Conselho após quatro (4) meses, a fim de facultar tempo suficiente para o governo da Libéria estabelecer um regime eficaz de certificados de origem para o comércio de diamantes em bruto da Libéria que seja transparente e verificado internacionalmente, com vista à adesão ao Processo de Kimberley e insta o Governo da Libéria a apresentar ao Comité de Sanções estabelecido nos termos do n.º 21 da Resolução n.º 1521 (2003), uma descrição detalhada do regime proposto;

d) Rever qualquer das medidas supramencionadas, mediante pedido do Governo da Libéria, logo que este apresente um relatório ao Conselho sobre o cumprimento das condições previstas na Resolução n.º 1521 (2003) para a cessação das medidas e preste ao Conselho informação que fundamente a sua avaliação;

2. Nota que as medidas impostas no n.º 1 da Resolução n.º 1532 (2004) continuam em vigor e reitera a sua intenção de rever estas medidas pelo menos uma vez por ano;

3. Encoraja o Governo da Libéria a beneficiar da oferta da UNMIL de providenciar patrulhas conjuntas com a Direcção de Desenvolvimento Florestal com vista a reforçar o controlo do governo nas áreas florestais;

4. Decide prorrogar o mandato do actual Grupo de Peritos designado em conformidade com o n.º 5 da Resolução n.º 1689 (2006) por um novo período que terminará em 20 de Junho de 2007, cometendo-lhe as seguintes funções:

a) Efectuar uma missão complementar de avaliação na Libéria e nos Estados vizinhos, a fim de investigar e preparar um relatório sobre a execução e possíveis violações das medidas impostas na Resolução n.º 1521 (2003) e renovadas pelos n.os 1 e 2 supra, incluindo qualquer informação relevante para a designação, pelo Comité, das pessoas referidas na alínea a) do n.º 4 da Resolução n.º 1521 (2003) e no n.º 1 da Resolução n.º 1532 (2004), bem como qualquer informação sobre as diversas fontes de financiamento do comércio ilícito de armas, tais como os recursos naturais;

b) Avaliar o impacto e a eficácia das medidas impostas no n.º 1 da Resolução n.º 1532 (2004), incluindo em particular o respeito pelos bens do Presidente Charles Taylor;

c) Avaliar a aplicação da legislação florestal aprovada pela Assembleia Legislativa da Libéria em 19 de Setembro de 2006 e promulgada como lei pela Presidente Johnson-Sirleaf em 5 de Outubro de 2006 e o progresso e o impacto humanitário e socioeconómico das medidas impostas nos n.os 2, 4 e 6 da Resolução n.º 1521 (2003) e renovadas pelo n.º 1 da Resolução n.º 1647 (2005);

d) Apresentar ao Conselho, através do Comité, até 6 de Junho de 2007, um relatório sobre todas as matérias referidas no presente número e, antes dessa data, providenciar ao Comité actualizações informais, especialmente sobre os progressos alcançados para satisfazer as condições para o levantamento das medidas impostas no n.º 6 da Resolução n.º 1521 (2003) e os progressos alcançados no sector da madeira desde o levantamento das medidas impostas no n.º 10 da Resolução n.º 1521 (2003), em Junho de 2006;

e) Cooperar com outros Grupos de Peritos competentes, nomeadamente com aquele estabelecido nos termos da Resolução n.º 1708 (2006) de 14 de Setembro de 2006, para a Costa do Marfim e com o Sistema de Certificação do Processo de Kimberley;

f) Identificar e fazer recomendações sobre as áreas onde a capacidade dos Estados na região possam ser reforçados para facilitar a aplicação das medidas impostas no n.º 4 da Resolução n.º 1521 (2003) e o n.º 1 da Resolução n.º 1532 (2004);

5. Solicita ao Secretário Geral que, neste caso excepcional, adopte as medidas necessárias para renomear os membros actuais do Grupo de Peritos, designados na sua carta de 27 de Junho de 2006, dirigida ao Presidente do Conselho de Segurança (S/2006/438) e que adopte as disposições financeiras e de segurança necessárias para apoiar o trabalho do Grupo;

6. Exorta todos os Estados e o Governo da Libéria a cooperarem plenamente com o Grupo de Peritos;

7. Encoraja o Processo de Kimberley a informar, caso necessário, o Conselho de Segurança por intermédio do seu Comité, de qualquer visita eventual de seguimento à Libéria e a sua apreciação dos progressos alcançados pelo Governo da Libéria, para uma participação no Sistema de Certificação do Processo de Kimberley;

8. Decide continuar a ocupar-se activamente da questão.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Regulamento e Regras

Saber as regras é essencial para uma boa participação do delegado.
Há regras gerais e específicas.
As gerais estão publicadas na página do MINI-ONU no endereço http://www.pucminas.br//mini-onu/2007/pdfs/minionu_regulamento.pdf .
Use algum tempo para se familiarizar com o teor e vocabulário das mesmas.
As regras específicas de cada comitê serão apresentadas oportunamente ou no momento da revisão de regras.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Falar em Público

Falar em Público é uma das mais importantes habilidades para o delegado do MINI-ONU. Ele precisará defender a posição de sua representação, construir consensos e formular resoluções e recomendações. Normalmente o tempo de discurso de cada delegado será dado pela mesa diretora de seu respectivo comitê. No entanto, os delegados poderão propor moções para aumentar ou diminuir o tempo dos discursos.

Haverá muitas oportunidades para se falar no comitê durante o MINI-ONU. De modo geral, salvo os comitês que forem regidos por regras específicas, a mesa manterá uma Lista de Oradores para aqueles que desejem proferir discursos formais. Haverá a possibilidade de debates informais. No entanto, recomenda-se que, mesmo nessas situações, se mantenham os princípios da fala em público.

Muitos delegados temem falar em frente a grandes grupos. A melhor forma de lidar com tais situações é fazer uma boa preparação. Portanto, os delegados devem pesquisar de modo exaustivo sobre a posição dos países e acerca dos pontos que desejam incluir em uma resolução. Em uma palavra, se o delegado vem bem preparado para seu comitê, ele terá disposição na fala e transmitirá confiança aos seus pares.

Como fazer um discurso de abertura

  • Primeiro, agradeça a presidência da mesa dizendo "Obrigado Sr./Sra./ Presidente…"
  • Faça um breve histórico sobre o assunto e sua relação com o país representado.
  • Elabore sobre os efeitos atuais que o tema causa em seu país.
  • Forneça a posição de seu país sobre o tema. Agregue uma justificativa de tal posição levando em conta a economia, política, religião, etc. de seu país.
  • O delegado poderá explicar como a posição de seu país se relaciona com a de outros membros, com as grandes potencies, blocos regionais, etc.
  • Aponte ações já tomadas pela ONU.
  • Apresente idéias para resolução, reforçando os objetivos de seu país para em tal resolução.
  • Indique aos membros do comitê se seu país está disposto a negociar.

Como falar durante o debate

  • Novamente, agradeça a presidência da mesa.
  • Encoraje a colaboração entre os membros do comitê com proposições construtivas.
  • Ao se referir as falas de outros delgados, você pode indicar apoio ou recusa de determinadas posições.
  • Apresente idéias para a constituição de resoluções ou recomendações.
  • Explique o porquê de seu país apoiar ou não determinada proposta de resolução.

Algumas dicas

Preparação: Decida como você se sente mais confortável ao falar. Você pode usar seu DPO como discurso de abertura ou relacionar alguns tópicos fundamentais. Com o tempo, você se sentirá mais confortável para falar sem o auxílio das notas ou textos de apoio. Se pretender usar sentenças ou palavras que não lhe são familiar, confirme a pronúncia e o significado antes de proferi-las.

Pratique: Ensaiar o discurso é a melhor forma de aprimorar sua habilidade de falar em público. Tente faze-lo junto a um professor, amigo ou colega de simulação. Quando ouvir um discurso, critique-o de modo construtivo. Se receber críticas, use-as como ferramenta para aprimorar sua habilidade.

Leve em conta seu público. Faça seu discurso de modo apropriado a idade e experiência da audiência. Lembre-se que o início do discurso deve captar a atenção dos ouvintes e fazer com que eles queiram ouvir mais.

Elimine palavras desnecessárias: Palavras como “é..”, “ok”, “né”, “então”, dentre outras, podem distrair a audiência e desvia-los do real objetivo.

Use pausas em seu discurso: Momentos de silêncio entre sentences podem ser uma ferramenta importante. Pausar após uma sentence importante ou ante de responder uma questão ajuda a manter a atenção da platéia. Ainda, uma pausa pode lhe propiciar tempo para formular sua próxima sentença.

Respiração: Tente respirar usando seu diafragma. Se você respire corretamente, verá o movimento de seu abdômen a cada respiração. Tente inspirar e expirar completamente.

Mantenha o Ritmo: Não fale muito rápido, nem muito devagar. Lembre-se de não cair na comum tentação de falar em ritmo muito acelerado.

Escolha uma postura correta: Cuide para que você não assume uma postura que desvie ou desvirtue a atenção da platéia. Mantenha postura ereta, relaxe os ombros, pise firmemente e mantenha os joelhos levemente separados, isso irá ajudar a comunicar segurança.

Projete sua presença: Falar em tom médio e baixo pode ajudar a projetar autoridade, mas certifique-se de que você está sendo ouvido. Concentre-se na fala com entusiasmo e energia.

Gestos: Você pode tirar vantagem de gestos e expressões feitas com seu rosto, mãos, braços e corpo. No entanto, preste atenção para não exagerar e distrair o público.

Comunique com seu público: Procure não ler suas anotações, apenas faça rápidas conferências para ajudar a manter a linha de pensamento. Deste modo, você poderá manter contato visual direto com as pessoas de sua platéia.

Não tergiverse: Fale de modo conciso de modo que a platéia não perca os argumentos principais em favor de detalhes sem importância. Tente não falar ‘em círculos’, vá direto ao ponto mais importante.

Seja Positivo: Ao invés de criticar negativamente outro ponto de vista, faça considerações construtivas, propondo alternativas.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Documento de Posição Oficial (DPO)

O DPO é um documento que detalha as posições das representações em cada comitê. O MINI ONU pede aos seus participantes que preparem seus respectivos DPOs para que sejam entregues no primeiro dia de atividades. Está será tarefa fácil se os alunos fizeram boa pesquisa e estudos a respeito de suas respectivas representações. Além de permitir que todos compartilhem as informações relativas ao posicionamento da representação, o DPO será a baliza a ser seguida pelos delegados na condução dos debates.

O DPO não poderá exceder 1 página e deverá trazer os principais pontos defendidos pelo país relativo ao tema em discussão em dado comitê.

Um exemplo de DPO será postado logo abaixo.

Como preparar o DPO

Apesar de parecer tarefa difícil, principalmente para delegados iniciantes, a escrita do DPO será bem tarefa fácil se o trabalho de pesquisa for feito com cuidado e dedicação.

O DPO deve conter breve introdução seguida de condensada explicação da posição assumida pelo país no temas discutido no comitê. Um bom DPO não trará somente fatos, mas também propostas e resoluções. Lembre-se de incluir no documento os tópicos pedidos na seção do GUIA DE ESTUDOS que trata dos assuntos que uma resolução deve conter.

Resumindo, um bom DPO devera trazer:

  • Breve introdução relativa à sua representação à história do tópico e do comitê em que tal assunto será tratado;
  • Como seu país é afetado pelo tema em questão;
  • A política de sal representação a este respeito, juntamente com a justificativa para adotá-la;
  • Citações de líderes de sua representação relativas ao tema tratado;
  • Estatísticas que justifiquem a posição adotada;
  • Ações adotadas pela representação no que tange o tema;
  • Convenções e resoluções assinadas e ratificadas pela sua representação;
  • Ações da ONU apoiadas ou rejeitadas por sua representação;
  • Quais são os parâmetros que sua representação considera, razoáveis para lidar com o tema;
  • Qual o(s) objetivo(s) seu país espera alcançar na resolução que resultará das discussões do comitê;
  • Finalmente, como a posição das outras representações afeta a sua representação.

Lembre-se que todos estes fatos devem ser tratados de modo conciso e objetivo para que não exceda ao tamanho máximo pedido pelo MINI ONU.


Bom trabalho.


Fonte:

http://www.unausa.org/site/pp.asp?c=fvKRI8MPJpF&b=457143 (consulta em 24/04/2007 às 16h40min)


Exemplo de Documento de Posição Oficial

País: República de Cuba

Comitê: Organização Mundial da Saúde (OMS)

Tópico: Biotecnologia e Transgênicos

Escola: Centro de Estudos MINI-ONU

Desde que se tornou um país socialista, em 1959, Cuba sempre teve como prioridade o desenvolvimento científico, tanto para o crescimento econômico quanto como um instrumento de melhorias sociais. Sua economia planificada, alicerçada em ajudas financeiras vindas do bloco soviético, foi um fator determinante no progresso de determinadas áreas de pesquisa, em especial a recombinação gênica. Foi na década de 80 que o país se encontrou num intenso processo de desenvolvimento em relação à biotecnologia moderna. Esperava-se que esse setor pudesse facilitar a diversificação de produtos e a substituição de importações, essenciais para o progresso nacional, além de tornar a nação mais independente da tecnologia de transnacionais dos países industrializados, especialmente em relação à medicina.

A queda da União Soviética, em 1991, evidenciou a fragilidade do modelo desenvolvimentista cubano. O país era extremamente dependente da monocultura da cana-de-açúcar e praticamente todos seus produtos, inclusive alimentos de primeira necessidade, eram importados do Comecon (uma espécie de “assistência econômica” do bloco soviético) – que faliu junto com o socialismo na Europa. A necessidade de se implantar uma nova forma de desenvolvimento levou Cuba a investir tudo o que restava em três setores econômicos, sendo um deles a biotecnologia. Exemplos de resultados desa medida são o Centro de Ingeniería Genética y Biotecnología (CIGB) e o National Food Programme (NFP).

Objetivos da utilização da biotecnologia em Cuba:

1 – O aumento da produção de gêneros e de seu valor nutricional: Como o açúcar continua sendo o principal produto de exportação, Cuba precisa de aumentar a produção de outros gêneros sem reduzir a área açucareira. Além disse, frente à fome generalizada que atinge o país, é necessário suprir a deficiência do organismo através da criação de alimentos com maiores taxas nutricionais. As “biofábricas” em Cuba já criaram variedades transgênicas de cana-de-açúcar, batata, tomate, tabaco, banana e soja, com alta resistência a doenças e maior durabilidade.

2 – A produção de fertiizantes biológicos, herbicidas e pesticidas: No intuito de substituir a importação de defensivos agrícolas e fertilizantes, foi criado um plano de controle de pestes biológicas. Atualmente, a grande maioria desses produtos são nacionais e fabricados através da biotecnologia.

3 – A produção de recursos na área médica: O setor médico também vem sendo alvo da biotecnologia, principalmente com vistas a diversficar a pauta de exportações. Um dos principais produtos que é amplamente comercializado no mercado externo é a vacina contra meningite B, importada pelo Brasil, Uruguai, Bolívia, Nicarágua, países da Europa, África e Ásia. Outro produto de exportação é a vacina da hepatite B, comercializada na Colômbia, Venezuela e alguns países da Europa.

Cuba também se aproveita da biotecnologia para criar peixes transgênicos, como a tilapia, que se desenvolvem mais rápido e apresentam maiores portes quando adultos.

A enorme crise econômica vivida pelo país desde o início da década comprometeu bastante a pesquisa biotecnológica, que envolve treinamento especial, instrumentos modernos e patentes, tornando-se um gasto de certa forma insustentável. Apesar disso, Cuba ainda mantém um centro de pesquisas e desenvolvimento nessa área, no inuito de encontrar, cada vez mais, soluções adequadas para o problema da fome e da variedade de gêneros, principalmente no setor agrícola.

A posição oficial de Cuba é, portanto, a favor do uso de quaisquer produtos geneticamente modificados. Três ressalvas, porém, são imprescindíveis: 1 – há de se fazer uma intensa pesquisa prévia, acerca dos danos ao ser humano e às cadeias alimentares que possam ser alteradas. 2 – há de se controlar rigorosamente as áreas com plantio transgênico ou de criação de animais transgênicos; caso algum ser geneticamente modificado fuja de controle, as consequências para o ambiente são inimagináveis. 3 – os governos devem informar sua população dos riscos que os transgênicos podem acarretar à saúde e ao meio ambiente, bem como rotular obrigatoriamente tais produtos, de forma que o cidadão saiba o que ele está consumindo.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Reunindo informações sobre seu país ou representação.

Primeiro, você precisará aprender sobre seu país para que possa tratar de modo pertinente os assuntos que surgirão no decorrer das discussões. Para que você possa exercer boa representação de seu cargo, comece respondendo as seguintes questões:

  • Qual o tipo de governo o seu país possui?
  • Que tipo de ideologia (política, religiosa ou outras) influenciam o governo de seu país?
  • Quais os temas domésticos podem influenciar a política externa de seu país?
  • Quais os principais fatos da história de seu país? Por que são importantes?
  • Quais etnias, religiões, línguas são encontradas em seu país?
  • Onde está localizado seu país e como tal posição geográfica afeta as relações geopolíticas?
  • Com quais países o seu frontreiriza?
  • Quais são os países considerados aliados?
  • Quais são seus inimigos?
  • Quais são as características econômicas do seu país?
  • Qual é o seu PIB e como compará-lo com outros países do mundo.
  • Quando seu país tornou-se menbro da ONU?
  • Seu país pertence a alguma organização internacional além da ONU? Quais?
  • Seu país pertence a alguma organização regional?
  • Seu país pertence a alguma organização de comércio como NAFTA, OCDE, etc.

Dicas para pesquisar sobre seu país.

Pesquise a missão permanente de seu país na ONU. Você pode entrar em contato diretamente com ela para detalhes sobre o posicionamento de seu país sobre os temas em discussão.

Encontre o histórico de votação de seu país na ONU e leia discursos do mesmo que podem ser encontrados em United Nations Bibliographic Information System website.

Utilize o CIA World Factbook para informações gerais sobre seu país. Como tal World Factbook é produzido pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), é bom exercício analisar como seu país é tratado no texto. Você concorda com o The World Factbook?

Procure por notícias e outros materiais que retratem fatos recentes sobre seu país.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Preparação

inicialmente, 7 tópicos serão discutidos. Cada um a seu tempo.

1. PESQUISA
2.
DPO(Documento de Posição Oficial)
3. FALAR EM PÚBLICO
4. REGRAS DE PROCEDIMENTO
5. FORMAS DE DEBATE
6. FORMULAÇÃO DE RESOLUÇÕES
7. NOTAS SOBRE VESTIMENTA

Para aqueles que se sentem confortáveis com leitura em inglês, sugiro a leitura da página da
ONU http://www.unausa.org/site/pp.asp?c=fvKRI8MPJpF&b=457131
Ela é útil e contem excelentes informações para você realizar uma boa preparação de delegados.


PESQUISA

Ela é fundamental para uma boa preparação de seu aluno.
Sem pesquisa, o aluno não terá substância nas discussões e sua
atuação estará comprometida. Portanto, reserve bom tempo para este ítem.

Boa preparação é prenúncio de delegado
participativo e influente no comitê.

O aluno deve reunir a maior
quantidade possível de dados (significativos) sobre o país que irá representar.

Promova
atividades em sala, e fora dela, que incentivem debates relativos aos temas que serão discutidos.

Boa atividade é pedir um trabalho individual de investigação sobre o país. Lembre-se que o teor deste trabalho não deve ser imparcial. Antes, deve ser feito levando-se em conta a posição do país em questão. Para tanto, instrua seus alunos para que leiam discursos oficiais (com os presidenciais, do ministro das Relações Exteriores e outros representantes diplomáticos, do exército, etc) sobre o tema a ser discutido no MINI ONU. O objetivo é que se perceba a orientação do país a ser representado. Após ser feito o exercício de leitura, peça um trabalho escrito. Ele será boa referência para avaliação da percepção que seu aluno adquiriu.

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Prezados Professores,

Bem vindos ao Espaço Acadêmico do MINI ONU!
Ele será o nosso espaço de encontro durante o período de preparação de seus alunos.
Aqui vocês encontrarão sugestões, dicas e, principalmente, disposição para o diálogo.
Convidamos a todos a compartilharem este Espaço Acadêmico com dúvidas e sugestões.
Comentem as postagens pelo minionu@pucminas.br , compartilhem dúvidas e experiências de sala de aula.
O alunos merecem nosso esforço em formar excelentes delegados.

Cordialmente

Coordenação Acadêmica do 8º MINI ONU